Da Simplicidade das coisas
As coisas são relativamente simples. O ser humano, no entanto, teima em complexa-las e complica-las, baseando-se em teorias e hipóteses que tem mais a ver com quem estes são e suas experiências (por vezes empíricas), do que necessariamente elas são de fato.
O ser nasce, cresce, se desenvolve e um belo dia, parti. Não se sabe pra onde, nem como é esta passagem. Sabe-se apenas que outro ciclo chega ao fim. A brevidade das coisas nos assusta porque o tempo, também, é relativamente simples: ele caminha de acordo com o que nós acreditamos ser o seu ritmo. Nem mais, nem menos.
Das coisas que podemos apontar como algo que não se aplica dentro desta ideia vertente do que vem a ser a simplicidade, esta única é Deus.
Independente de raça ou credo, Deus manifesta-se em cada ser vivente, ou através de uma negação, de uma certeza e até mesmo através da dúvida. Mas então, se Deus é simples assim, por que a afirmação de sua complexidade? Simples: o ser humano é Deus. E todas as afirmações e pré-definições oriundas de qualquer ser, resulta nos modos do que vem a ser Deus e sua concepção. É um ciclo de ideias. E este ciclo de ideias torna-se real, irreal, imaginativo ou duvidoso, de acordo com o que você alimenta no seu íntimo.
Se buscarmos uma visão bíblica deste ponto, observaremos o momento X da criação divina: E Deus criou o Homem sua imagem e semelhança. Nesta pequena linha, podemos verificar resquícios de comprovação das ideias aqui apresentadas. Deus não criou o homem semelhante a ele em características físicas. Não se trata de fenótipos e sim de genótipos (as aulas de biologia do colegial podem fazer falta agora).
Não se pretende com isso explicar o que é Deus, nem questionar religiões, credos ou crendices. Pretende-se sim, apontar nestas linhas um ponto suscetível ao simples. De qualquer forma, toda e qualquer modo de interpretar estas linhas perpassa em um dos inúmeros modos de se ver uma mesma coisa. Todas simples, se desnudadas.