Em meio a nostalgia, revelou-se O DESEJO.

E ela não conseguiu controlar.

Ela chorou ao ver aquelas fotos.

Por mais que não quisesse nada daquele passado de volta, ainda doía.

Ela ainda se sentia mal ao ver aqueles olhos... Saber que tudo o que aconteceu, foi um sonho que acabou.

Não era uma recaída.

Talvez parte dela gostaria de não ter errado tanto.

Mas “se não foi, não era pra ser.”

Este pensamento a confortava.

Ela estava sensível, carente e sozinha.

Depois de tanto tempo havia se aberto a um novo amor, uma nova paixão.

Tinha se aberto a uma nova aventura, mas ela temia... sofria em silêncio por sentir tanto medo de sofrer tudo de novo.

De ter um amor lindo em suas mãos e vacilar, deixando-o cair.

Ela queria ser feliz.

Esquecer toda aquela história e apagar as marcas, seria impossível.

Mas era algo que ela havia guardado no peito, bem no fundo. Que não machucava nem a fazia sentir NADA, exceto quando ela forçava as lembranças.

E naquela noite foi impossível não lembrar e chorar... Há dias estava sozinha, refletindo, fazendo pesagens de sentimentos, decidindo coisas...

Estava amando de novo... Um amor diferente daquele outro. Era uma coisa nova, era uma coisa RARA para ela. Era bom e lhe fazia bem.

Como ela queria fazer dar certo!

Depois de tanto tempo se martirizando pelos erros do passado, ela havia se dado uma nova chance...

Já que era algo inédito, ela queria ir fundo.

Mas porque se sentia tão insegura?

Ela queria dizer que o amava aos quatro ventos, poder lhe abraçar e beijar a qualquer hora.

Queria que todos soubessem que ela era Dele. Só Dele.

O passado era passado, que raramente vinha a assombrar com doces lembranças dolorosas... Fazia parte da memória.

Não era algo que ela queria de novo. Foi algo que no tempo que aconteceu, ela queria que tivesse dado certo.

Enfim... lembranças!

O tempo era agora. Era aquele moreno alto, de andar esquisito e metido.

De mãos carinhosas e um abraço caloroso. De lábios carnudos e extremamente beijáveis. Com um sorriso grande, contagiante e safado.

Era Ele. Ele que a fazia suspirar e perder a noção do tempo.

Era por Ele que ela esperava todos os dias.

Era pra Ele que ela corria. Era nos braços Dele que ela queria dormir e acordar descabelada.

Não era nenhum outro. Era Dele que ela queria ser.

Era com Ele que ela queria ter filhos e planejar um futuro.

Mesmo que tudo em relação ao futuro fosse incerto.

Era Ele.

Havia uma conexão, algo enigmático os entrelaçando.

Ela até tentou fugir, mas em todo final de rua, era os braços Dele que ela avistava.

Ela sabia que Ele sentia algo extremamente forte por ela.

Ela apenas se perguntava se aquilo era suficiente para algo mais.

Ela tinha nos olhos Dele, toda a certeza que precisava para mergulhar ainda mais naquela relação.

Estava disposta a fazer tudo para dar certo!

Era só Ele dizer que sim.

Mas ela temia tanto que o encanto chegasse ao fim. Será que ele temia o mesmo?

Ela via nele um menino frágil que se escondia atrás de uma imagem de homem forte. Ela via uma carência enorme Nele, uma insegurança sentimental.

Ele possuía uma armadura de sociável, durão, desapegado... mas era tão frágil. Era sentimental, romântico e dócil.

Ela tinha medo de magoá-lo. Talvez ele tivesse sido magoado tantas vezes, por isso insistia em se proteger daquele jeito.

Mas ela temia ainda mais com a ideia de perdê-lo. De novo.

Por mais que em outrora, tivesse o perdido por pouco tempo, ela realmente temia perdê-lo sem volta.

Nunca se sabe.

Ela o queria de um jeito incontrolável, insaciável e eterno.

Era muito mais do que pudera imaginar um dia.

Ela o amava e desejava estar com ELE pra sempre!

Aquele sentimento estava explodindo, não cabia mais no peito, estava exalando, louco para entorpecer o mundo a sua volta.

Será que ele fazia ideia do quanto ela o queria?

Ele precisava saber.

(...)

Enquanto isso deitada no ninho de amor deles, ela sorria com lágrimas a espera Dele e de uma possível “nova era”.

"Quem um dia irá dizer que não existe razão nas coisas feitas pelo coração?" [Legião Urbana]

Taie
Enviado por Taie em 29/12/2012
Reeditado em 04/01/2013
Código do texto: T4057963
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