Aquela velha dor familiar.

Todo mundo tem, aquela dor que sempre insiste em voltar, após algum período afastada, aquela dor familiar. Já é bem conhecida, mas você não sabe como lidar, abre velhas feridas que parecem não cicatrizar. Dor incomensurável, que trás o pior de dentro de nós. Surge quando estamos a sós, nós apenas nós, num completo mar de lágrimas e lençóis, numa noite solitária nos prendendo e ferindo com seus anzóis. E rasga tudo por dentro, faz viver ser sofrimento. E nesse momento não há alento, o único remédio é o tempo. O tempo passar, a noite acabar, o mundo girar, seguir, superar.

Thaís Pereira Catão.