Eram dois entes condenados,
selados no mesmo desejo
de serem um par.
Encontro marcado!
Eles se amaram nas rochas
envoltos em limo,
camuflados na escuridão.
A lua foi cumplice.
O sol se escondeu.
O vento gemeu.
A terra estremeceu.
A nuvem volveu o rosto.
Desaguaram desistidos
após tantas fugas em vão.
A sensatez não consentiu!
Voltaram a ser de novo:
mar profundo e rio raso.
O doce e o salgado,
novamente separados.
Agridoce lençol freático,
Aspergido de saudades.
Sentenciados ao anonimato,
num amor bifurcado.