" QUE QUISESTE NASCER NOSSO IRMÃO" (*)

Talvez ainda nunca tenhamos parado para analisar este verso de “Noite Feliz” ----- Ele quis nascer nosso irmão – carne, osso, sangue, dor, alegria... tudo Ele vivenciou. Então, que raça estamos sendo agora, onde impera a crueldade, a violência, a ganância, o egoísmo, a egolatria, a ambição desmedida, o massacre dos valores mais profundos, pelos quais Ele nasceu e morreu? Não. Acho não O temos merecido como irmão. A manjedoura que Ele um dia escolheu para vir a este mundo hoje está preenchida pela dor dos inocentes, homens e animais. E a estrela de Belém não é vista pela cegueira da ambição humana, que só tem olhos para o poder, o dinheiro, os bens materiais... ninguém se lembra de olhar para o céu, a não ser para ver explodir os estúpidos fogos de artifício... como se fossem eles o prenúncio de uma nova era, de uma nova vida. A lição da Luz ainda não foi apreendida, compreendida ... ainda somos todos soldados romanos, insensíveis, inconscientes, fartando-se com nossas pequenas e estúpidas guloseimas humanas: fama, gloria, dinheiro, bens materiais ---- tão distantes da lição da manjedoura, de suas ovelhas, de seus bois, de seus pastores....e da luz daquela Estrela...que provavelmente ainda é uma dessas que vemos no céu, mas que cegos, não sabemos mais qual seja.

Hora de buscar dentro de si mesmo essa Noite Santa e de ouvir o choro do menino, que de algum lugar, lá dentro de nós mesmos nos diz: “Nasci!”

(*) Noite Feliz, de Franz Xaver Gruber e Joseph Mohr

Lenapena:

"""Ah, estamos tão distantes, creio eu, desse amor incondicional que ELE, plantou sobre a terra. A mansuetude de cada ato e palavra, que ele deixou nesse planeta, anda mais distante que qualquer dessas lindas estrelas que contemplamos no firmamento. E os animais que o cercavam, e foram testemunhas do Seu nascimento, ainda hoje, morrem, de maneira brutal, para servir de regalo em muitas ceias. Triste muito triste a realidade da terra.""""