A jovem velha

Doem-me as costas, foi dificil pregar os olhos e ainda assim não consegui descansar, todas as posições eram desconfortáveis.

Talvez seja a hora de procurar um médico... ou um novo amor, que me deixe tranquila, que não me faça perder o sono, o rumo, o prumo.

É domingo e alguns pássaros vem visitar minha atlântica particular, as dores impedem que levante e veja o espetáculo, ainda assim ouço.

Penso no ano que passou e não Me vem boas memórias, sinto na boca o gosto de creme dental, acordei, mas sonho em dormir para dormindo poder sonhar porque tenho vontade de ir, mas meus pés são raízes e como árvore, parada vejo tudo passar e mesmo querendo não consigo andar.

Tudo explode aqui dentro e eu calada, quieta, reclusa, confusa, tentando Me encontrar sem nem mesmo saber em qual momento me perdi.

Sinto dores, como cajueiro vergado e sem flores, sem vida,mas com vida e que vida essa escondida e guardada dentro do peito.

A Máximo
Enviado por A Máximo em 23/12/2012
Reeditado em 04/02/2013
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