Crônicolia
Um pedaço de guardanapo
Uma caneta emprestada de um alguém descartável
Palavras soltas que em uníssono dizem tudo
Tudo o suficiente pra não restar nada
Entre o espaço infinito da minha mão e da mesa
Apenas vontade.
Do atravessar de rua que meus olhos tentam
Pro punho cerrado entre fins de tarde
Entre sonos indistinguíveis da realidades
Que nos leva a uma infância esquecida
Um prazer obscuro de lembrar o que não foi perdido
O que não aconteceu, mas quer florescer.