Última Chance

Que seja a última gota de lágrima que escorre da minha alma.

Que seja a última vez que meu lado ridículo volte a tona, e que eu mesma vá me danar com tanta ingenuidade.

Que seja o último ato de clemência que eu tenha me exposto, mesmo com o rosto róseo de vergonha.

Há! mas se fosse vergonha eu não me deixava passar por tantas imposições que tapam a minha boca violentamente sem me deixar falar, gritar, gemer.

Que lado da esquina eu estou?!

Se apresento minhas falhas, me entrego cada vez mais a um buraco que não de fim, nem tem luz.

E por tudo que fomos eu tento despertar em te o melhor de mim, e me deparo sem saída, e cumprindo pena de um assassinato que nunca cometi.

Lucinda Frota Alves

Lucinda Frota
Enviado por Lucinda Frota em 20/12/2012
Código do texto: T4045573
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