Última Chance
Que seja a última gota de lágrima que escorre da minha alma.
Que seja a última vez que meu lado ridículo volte a tona, e que eu mesma vá me danar com tanta ingenuidade.
Que seja o último ato de clemência que eu tenha me exposto, mesmo com o rosto róseo de vergonha.
Há! mas se fosse vergonha eu não me deixava passar por tantas imposições que tapam a minha boca violentamente sem me deixar falar, gritar, gemer.
Que lado da esquina eu estou?!
Se apresento minhas falhas, me entrego cada vez mais a um buraco que não de fim, nem tem luz.
E por tudo que fomos eu tento despertar em te o melhor de mim, e me deparo sem saída, e cumprindo pena de um assassinato que nunca cometi.
Lucinda Frota Alves