A ÚNICA CERTEZA QUE TENHO É DA MORTE

o tempo nos mostra que somos sim, verdadeiros mortais,

criaturas de Deus, despidas de conhecimento, nascidas do ventre...

somos o templo,a morada do universo divino, e, todos os dias lutamos, alguns desistem, outros insistem, mas, entender o que é viver, somente vivendo podemos saber...

Não sabemos quem é mais ou pode mais,

quem possui mais riqueza ou menos riqueza, e, a única certeza que temos é que um dia toda matéria se torna ao pó, isto é fato...

Não conseguimos entender tudo, ou melhor dizendo, sinto que nada entendemos, há apenas os doutos em busca de conhecimentos científicos, os doutos em busca de conhecimentos espirituais, mas, às vezes somos tão pequenos que não conseguimos medir a grandeza do que somos.

quando criamos objetivos e construímos sonhos,

chegamos a imaginar que nada somos, porque se fôssemos algo, teríamos um plus para conservar nossa imagem para toda a eternidade, aí morremos, voltamos ao pó, e com o tempo, somos esquecidos.

Sinto assim, sou assim, penso assim!

chego a pensar naquele criminoso, que ao cumprir sua pena, não consegue mais se ressociabilizar,

mas, quem daria emprego a um criminoso?

até mesmo eu, o negaria!

o ser humano é ser mortal, passível de erros, mas, vejo que somos egoístas por essência...

para muitos descente é aquele que prega a paz, e vive em seu interior em guerra...

segundo as escrituras dos muitos que buscam a salvação poucos serão escolhidos,

é difícil entender, que todos os dias morremos, tentando viver num mundo evoluído, com alta tecnologia, mas incapaz de resgatar a vida quando chega ao fim,

então, vejo que somos realmente mortais, animais que se constroem, e que morrem em sua própria cilada, em sua própria torpeza.

complico e indago o óbvio, porque acho que nada seja óbvio,

seria óbvio viver onde todos são tratados como iguais, na medida de sua igualdade e desiguais na medida da sua desigualdade?

acho que isto não é óbvio, nem constitucional, nem nada...

afinal, porque tratar o igual com igualdade ou desigual com diferença de igualdade?

mas, quem sou eu para criticar a constituição, o que sinto é que quem a criou, estava sentado no banco dos iguais, imaginando quem seria os desiguais...

confuso, eu sei, talvez nem eu saberia explicar o que não é óbvio,

mas, a morte é óbvia e faz parte integrante da vida...

isto eu sei,

pois, todos os dias venho tentando driblá-la, mas entre um fora e outro, ela vai me pegar...

e qual o preço da morte?

O preço da morte é a própria vida!

então, que vivamos mais e nos submetamos menos a procurar entender o que é mortal ou imortal,

apenas pensemos, imaginemos, que cada dia que se soma em nossas vidas, se diminui nosso tempo de loucura e sonhos...

Porque ao meu ver, nós humanos não somos nem absolutamente normais para entender a vida, nem anormais para indagar seus porquês...

Del Dias
Enviado por Del Dias em 19/12/2012
Código do texto: T4042759
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