DROGUE-ME

DROGUE-ME

Analisemos as “drogas e drogados”. As drogas que abordaremos aqui é aquilo que age em nosso psíquico e/ou no corpo de forma que nos afastemos da realidade, ou a modifiquemos, contudo não é necessariamente uma formula química. Quebraremos essa percepção limitada desde já. Agora, sua única característica essencial é anestesiar seus usuários. Podemos encontra-las sob diversas formas e nomes, algumas repugnadas, outras ocultadas, evidentemente que encontramos as aceitas e até bem utilizada pela sociedade.

Vamos pensar em busca do entendimento que nos é permitido sobre tal. Todos nós, com o sofrimento que é por si só caminhar sobre a terra, precisamos fugir da realidade em determinados momentos de nossas vidas, analisemos então como; um devoto se droga de leis divinas mesmo que tais não foram extraídas diretamente duma determinada religião e sim parcialmente criadas pelo próprio, penso que na famosa frase – isso vai contra tudo que acredito – podemos enxergar bem isso. O mesmo é criador de sua própria religião, absorve o que lhe é cabível em sua trilha e constrói seus próprios dogmas e utopias.

Acredito que podemos enxergar algo similar na arte também. Artistas geralmente não aguentam a realidade como lhes é dada. Estes então a modifica de acordo com o que quer encontrar com variáveis tipos de expressões (músicas, pinturas, poesias e infinitas mais), não são diferentes dos devotos nesse sentido, ambos querem dar um sentido melhor à vida, mesmo sendo este sentido o de provocar o terror duma reflexão dolorosa. Também temos atletas, docentes, humoristas, todos nós não suportamos a existência em sua totalidade, buscamos a cura que nunca a encontraremos, mas as drogas sempre nos anestesiarão e, por conseguinte nos viciará.

Decerto, temos os mais julgados pela rotina, aqueles que usam as drogas licitas e ilícitas, de origem química que neutralizam a realidade, proveniente do psíquico encontrar-se em êxtase.

Dessa maneira, todos nós somos viciados e drogados. Alguns têm consciência de seus vícios outros pensam ser soberanos com os seus, onde, na verdade apenas estão, exaltando, e esbanjando a forma com a qual se droga como os devotos citados anteriormente, tais são extremamente vaidosos em sua regra (outro vicio/droga) somada ao primeiro.

Vide - Somos iguais de diferentes formas - para se deliciar com uma dosagem de minha poesia.

Ramon Catarse
Enviado por Ramon Catarse em 16/12/2012
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