Minha tão amada, doce solidão

Eu abracei a noite, não por gostar do escuro, a abracei pois a minha insonia me mostrou que era a melhor hora do dia.

A noite me traz conforto e o silêncio que a noite providencia é o que me faz gostar dela. Gosto de poder ouvir meus pensamentos, gosto de poder andar pela minha casa e ouvir apenas barulhos de roncos e tv ligada em som baixo. E junto da noite chega minha tão amada, doce solidão. A dias que apenas ela me conforta e ela apenas aparece nas noites em que minha insonia controla as coisas.

Solidão é uma velha amiga e quando ela aparece, conversamos por horas. Sempre refletimos sobre a vida, desde as coisas mais banais até as coisas mais complexas. E no final nenhum dos dois saímos bravos ou brigamos por diferença de ideias e ideais.

Será que é errado preferir a solidão do que a convivência com pessoas que apenas fazem guerras uma com a outra?

Pessoas brigam todos os dias por terem diferentes ideias, se magoam, se ferem, deixam uma a outra com raiva. A solidão nunca me causou nada além de um raciocínio. Ela me faz pensar e me questionar.

Após mais uma noite sem sono, por fim amanhece e tudo começa novamente até a hora de encontra-la de novo.

Felipe A Soares
Enviado por Felipe A Soares em 12/12/2012
Reeditado em 09/01/2013
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