"EIS A QUESTÃO"

Há três décadas e pouco mais ainda estou preso ao “ser ou não ser”.

Em tantas paragens pensei ser a absoluta, que o seio perfumado encontrado seria definitivo...

Mas outras vezes mais enganado e enganado agora...

Sinto calor, o corpo a queimar, calafrios...

Preciso reler todos os meus escritos, pois não sou moralista, escrevo para mim também, e preciso disto.

“Ser ou não ser”... Que ser?!

Talvez eu deva embriagar-me no mais fermentado dos vinhos numa entrega total, sem reservas, a beber até os últimos goles da taça...

Ou talvez não; talvez olhar por entre a penumbra e buscar alguma porção de luz, mesmo que pequena...

Que ser então?

“Eis a Questão!”