Lucidez
Os dias vão se consumindo junto ao tempo,
E eu sem entender como o fim calou tudo o que eu realmente sentia.
Já são 5 da manhã e aos poucos a lua morre para a nova ascensão do despertar do sol,
E eu aqui, coberto sobre a ilusão que o álcool transborda em me oferecer.
É agonizante refrescar as lembranças onde minhas memorias se deliciam com teu nome,
Uma historia fardada de mentiras, onde o coito foi o único momento que vale se recordar, se é que vale.
Já não estou sóbrio, alias , nem sei se um dia já estive são...
Me encontro como um soldado ferido em uma guerra, sem esperanças para um novo amanhã, sem saber o que realmente seria o certo se fazer, pedindo perdão a si mesmo por ter se entregado a esse mundo.
E eu avisto algo que me consome , algo que destrói e não se regenera,
Estou beirando uma psicose , me sentindo um completo ser sem vida, sem noção da realidade e da ilusão... acho que nem sei mais o real motivo de ainda permanecer aqui.
Tu levastes o que eu mais possuía de valor e em troca deixou todo ódio que eu realmente nunca desejei conhecer.
Rasante como vento é a dor que me dilacera sem ao menos justificar o porquê de toda essa corrosão .
Como alguém feito tu, que juraste amor até o sol deixar de nascer pode esquecer de tuas promessas e se engajar em mentiras tão tristes como a solidão?
A falta dessa resposta me tortura ...
Acho que pra tantas respostas possíveis a única que eu encontro que se encaixe aqui seria que tu não passa de uma filha da puta, alguém que se delicia com o próprio fracasso, a filha de uma desgraça eminente , alguém sem percepção de felicidade.
Quem é você? Quem foi você?
Perguntas diferentes, a mesma resposta... tu não passa de um erro, um erro que não quero mais recordar.
Morra.