VAZIO

VAZIO

Onde fostes inspiração

Que fugistes de mim

É uma suposição

Ou este é o fim

Não há mais poesia

Crônica só vadia

Rabiscos sem sentido

Pensamentos amortecidos

Acorda cabeça

Antes que a vida teça

Uma teia emaranhada

De onde não saia mais nada

Doce ilusão

Vontade de escrever palavrão

Tal a falta de um norte

Que me afaste dessa morte

O marasmo se acentua

Verdade nua e crua

As letras somem

As palavras dormem

Parada obrigatória

De forma peremptória

Aguardar a volta

Esperar sem revolta

Querer, querer

Escrever, escrever

Passar a ler e reler

Quem sabe renascer

Voltar a escrever

Ter alguém a ler

Algo que saia assim

Do fundo do eu, enfim

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 03/12/2012
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