VAZIO
VAZIO
Onde fostes inspiração
Que fugistes de mim
É uma suposição
Ou este é o fim
Não há mais poesia
Crônica só vadia
Rabiscos sem sentido
Pensamentos amortecidos
Acorda cabeça
Antes que a vida teça
Uma teia emaranhada
De onde não saia mais nada
Doce ilusão
Vontade de escrever palavrão
Tal a falta de um norte
Que me afaste dessa morte
O marasmo se acentua
Verdade nua e crua
As letras somem
As palavras dormem
Parada obrigatória
De forma peremptória
Aguardar a volta
Esperar sem revolta
Querer, querer
Escrever, escrever
Passar a ler e reler
Quem sabe renascer
Voltar a escrever
Ter alguém a ler
Algo que saia assim
Do fundo do eu, enfim