Sobre autonomias, importâncias e impotências
Ele se sentia importante
Como a estrela que explodia,
Já gigante e vermelha,
Enquanto, sem querer,
Pisei na desavisada formiga azarada,
Que voltava ao formigueiro,
Com a folha que ele arrancara,
Ao passar de braços erguidos.
E a cigarra comeu a folha;
E virou uma borboleta,
Das que a minha filha adora e imita.
Pois na minha história mando eu,
E nela não entram lagartas.
Mas há sim gente importante,
E estrelas e gigantes,
Folhas e filha,
Azar e cores,
Cigarras e borboletas.
E eu mesmo; mas só faço uma pontinha.
Pensativo na cama, no dia dos pais em 2012