Sobre autonomias, importâncias e impotências

Ele se sentia importante

Como a estrela que explodia,

Já gigante e vermelha,

Enquanto, sem querer,

Pisei na desavisada formiga azarada,

Que voltava ao formigueiro,

Com a folha que ele arrancara,

Ao passar de braços erguidos.

E a cigarra comeu a folha;

E virou uma borboleta,

Das que a minha filha adora e imita.

Pois na minha história mando eu,

E nela não entram lagartas.

Mas há sim gente importante,

E estrelas e gigantes,

Folhas e filha,

Azar e cores,

Cigarras e borboletas.

E eu mesmo; mas só faço uma pontinha.

Pensativo na cama, no dia dos pais em 2012

Ruís Ferdinando Falsíssimo
Enviado por Ruís Ferdinando Falsíssimo em 27/11/2012
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