Homo-Sapiens - In-contos do dia e da noite
Fugimos das cavernas através da Religião e das Artes. Na Religião
demonstrávamos a preocupação com a efemeridade do andante corpo e
na sua qualidade de andar o necessário pós-morte: o corpo e os utensílios necessários a continuação da qualidade do andar. Na Arte representamos de início o processo mágico da imaginação no sempre querer o melhor para si através de desenhos pictográficos em paredes de cavernas; o melhor seja na caça, no abrigo, na proteção de si mesmo ou do grupo.. Da necessidade a razão encontrou o fogo. Evoluímos.
Hojemente, Josivaldo vivia e apenas vivia, porque a única certeza da vida era a Morte. Percebeu ele, desde cedo que a morte era parte da vida. A vida traz em si a Morte. Assim princípio e fim era uma e mesma coisa. Por isso, para que lutar, preocupar-se com o amanhã ??. O importante era o momento, o presente. Isto era vida vivida, pois o passado já foi e o amanhã o será, quem sabe ??
Viver o agora. Ser feliz agoramente. Viver os prazeres da vida com fome, com pressa, sempre sedento faminto, satisfazendo todos os desejos e vontades. O importante é ser feliz no agoramente.
Depoismente, não importa. A Morte chega e ceifa todos os sonhos, aspirações, desejos. No após depois o Nada.
Viver, viva-o agora. O Depois, depois.
Assim, Josivaldo, no agora sempre, entende que o fulcro da vida é a
própria vida; que o ser feliz era viver, simplesmente, a vida, enfrentando os obstáculos, as dificuldades do dia-a-dia; que o atrope-
lá-los na busca da satisfação do Ego era negar a própria Vida.
Mas como fazer isto agora ??
Como levantar-se do caixão para viver a vida no antes morte ??.
Josivaldo foi-se. A vida passou-se num átimo de sonho sonhado.