NÃO SOU POETA...
Nunca pensei que seria assim...
Meu caminhar sem rumo e sem coragem... As sombras tomaram conta do meu corpo, como se eu fosse uma caixinha de presente... Não sei mais quem sou e nem o que eles pretendem... Sigo como escrava da vida... Fazendo coisas sem vontade... Meu armário de livros vazios... Clamam por minha bondade... Eu os pego com carinho, e rasgo folha por folha só por maldade... Depois choro... Por quê?! Porque poeta me abandonou?!
Fico rodando a casa em busca de coisas que não fiz... A própria casa ainda não foi feita... Minha loucura encanta os demônios de meia noite, que riem de mim por ser fraca... Quebram-me o pescoço... Causando falta de ar... Mas ainda não morri... Ou não cheguei a viver?...
Minhas mãos tremem, de tanto escrever os meus pensamentos fora do sentido, não sou poeta... Sou andarilho... Ainda não decidi em qual abraço ficar... O que for mais quente... Pretendo destruir para nunca mais me cativar... Cheguei a dizer que minha loucura não passava de momentos... Mas o tempo passou e permaneci parada no tempo... A casa invisível... Ganhou muros de vidro... E todos podiam ver... Meu corpo despido ao tomar banho no meu próprio lago... Feito de lágrimas sujas de crueldade... Não sou poeta sou Maldade...
Se me beijas... Devoro-te...
Se me abraça... Jogo-te...
Se me obrigas... Adoro...
Pego teu corpo... Escrevo o que sinto... Mordo-te com toda minha raiva... Você é o culpado... De voltar a sentir meu coração...
Já lhe disse mil vezes humano...
NÃO SOU POETA... SOU ILUSÃO...