cruzando fronteiras
tomei coragem...
me enchi de esperança...
arrumei as mochilas preenchendo com sonhos...
rumo a primeira e longínqua fronteira...
...logo descobri que cruzar uma fronteira nada muda...
mas as pessoas sim... as culturas... rostos... corpos...
mas alimentando a vontade e o desejo... vou prosseguindo...
tantas novidades e toda liberdade de um rosto estranho fora do ninho...
e tomado pelo entusiasmo embriagado pela fantasia de posso tudo...
segue se misturando, o presente esmufaçando o passado ...
é tão claro... que vai...
se tornando distante...
e na primeira tropeçada a saudade...
e quando tira a venda esperança do olhos...
se vê sozinho no meio da multidão... que murmura grego
tantas vozes... e meu silêncio... grita...
mas ali determinado ...me realizo de um sonho...
e o que ficou...
que me faz semidespercebido de algo novo que nasce...
a saudade da terra que agora distante esta...
uma briga me divide... descruzar a fronteira.