Entre o Corvo e o Barqueiro

Um corvo,uma alma e uma faca

Afiada em minhas mãos

Fracas,ambas,arma e nervos

Tensos como todo o meu corpo

As cores de misturam em mim

Preto e branco se limitam ao cinza

Amor e distância se apunhalam contra a razão

E aquela sensação...

...só aquela sensação de não.

O Sol nasce não onde a Lua dorme

Tal como nós,a sós,no extremo de cada ser

Unicamente envolvidos por alguma força talvez mística

Mas das crenças abro mão por realismo

Força exagerada de equilíbrio

Luz fraca,corpo cansado e lágrimas salgadas

Durmo,ou não,apenas sonho

Em qualquer estado que me corpo se encontre,sonho.

Livre de todas as promessas feitas á mim,estou livre

Ah... sim,livre.

Mas sempre haverá um porém

Além da razão

Do destino

Do ato fato consumado

Além da gota de chuva ou raio de Sol

Além do mar das rosas e das cores de batom

Das roupas

De tudo jogado no chão

Não

Não é pornografia ,meu amor

Meu amor não é pornografia e muito menos perfeita simetria

Perfeita sintonia sim..

Desfigurada harmonia.

Vim abaixo.

Não te desejo onde estou.

Te quero nas alturas,das ruas dos bares dos beijos roubados

Te quero inteiro,pela metade ou remendado

Enquanto meu mundo existe

Você precisa sobreviver

E todas as crenças que procuro

Encontro no seu reflexo