O detalhe que pôs tudo a perder
Lidar com clientes é uma questão muito delicada. Alguns são tão bonzinhos, que dá dó. Outros, tão ruinzinhos, que dá é raiva. Por isso, negócios exigem feeling, sensibilidade e muita dedicação. Na verdade, a relação atendente-cliente-cliente-atendente é bem complexa.
Se, por um lado, alguns tipos de fregueses fazem questão por qualquer coisa e estão “sempre com a razão”, por outro, existem os vendedores que, quando não tentam empurrar todo e qualquer produto na gente, fazem de conta que não estão nos vendo. Pior ainda: Existem aqueles que nos tratam de acordo com a nossa maneira de vestir. Outro problema sério é quando um cliente nem tão exigente se depara com um comerciante aproveitador ou muito, muito despreparado.
Certo dia, estava eu num restaurante, em Petrópolis (RJ), onde a comida era ótima, o ambiente, agradável, mas, na hora do pagamento... No caixa, um dos garçons me pediu para esperar um pouco e eu já seria atendida. Após muitos minutos, veio uma senhora, que parecia ser a dona do estabelecimento, ao telefone, falando alto e fechando algum negócio, porque ela não parava de dizer preços. Continuei parada, em pé, esperando a boa vontade da pessoa, até que fui reprovada no teste de paciência, dei-lhe um olhar de reprovação e fiz ação de quem ia sair. Ainda ao telefone, a moça deu um sopetão na minha comanda, e me mostrou o valor total, no visor da calculadora. Tomou o cartão de crédito da minha mão, pegou a máquina de Visa, me devolveu para a senha e eu mesma fui obrigada a finalizar o procedimento.
Ela permaneceu ao telefone, sequer sorriu ou agradeceu pela preferência (Se bem que, àquela altura, de nada mais adiantaria). Eu saí, certa de que, voltando a Petrópolis, o restaurante localizado ao lado do Museu de Cera, estará fora da minha lista de opções. Isto, para ilustrar um fato: embora não seja exigente, todo cliente merece um mínimo de atenção e respeito…