DOCE ENGANO
O corpo reclama o frio
Que a noite trás quando chega.
Aquela hora em que se busca o outro.
O desejo imagina o abraço,
Que os olhos assistem,
Mas não sentem.
Havia no olhar da primeira vez
A promessa de que um caminho solitário
Já não se faria presente.
E que as noites de viagens e transições
Por um mundo imaginário
Já não seria necessário.
Mas esta aqui essa falta,
E a solidão é meu tempo ruim,
Que se anuncia...