" Só sei que nada sei". (Sócrates)

No geral, todos temos nossas teorias, experiências e verdades. Estamos rodeados por coisas, situações, e nossa própria interpretação de tudo é o que nos leva a crêr em verdades ou teorias diferentes. Vemos que há muitos caminhos que levam ao mesmo lugar, desconhecido, fora do círculo imaginário do nosso conhecimento. E no final, quando se tem certeza de que ninguém

tem a palavra certa, ninguém te leva ao caminho da absoluta verdade, por mais que ela exista, ou não; que só te resta o vazio e a certeza de que não se sabe nada, dentro ou fora do círculo imaginário que reproduz verdades teóricas ou mesmo da realidade que já compreendemos, que passa a ser questionada como a ilusão material do nosso espírito. A existência e a verdade se torna um labirinto com saídas diferentes ou sem saídas, uma ampulheta que para e divide os elementos pela metade, até que os junte e os torne homogênio ou que os transformem em poeira estelar. Acabamos por ficar confusos e nos entregar ao desconhecido, que parece bom, que nos conforta por nele encontrarmos a proteção que respeita nossa individualidade, que nos cobra ou induz a nós mesmo a nos cobrar por uma evolução psicológica, social, espiritual, afim de que tenhamos um momento eterno de paz compartilhada.

Quando mais nada nos responde o é infinito nos acalma a mente, da mesma forma que compreender e dizer: " Só sei que nada sei”. Pois o maior desespero de um homem não seria em aceitar o infinito, mas se tivesse a certeza de que o o universo tivesse um fim.

Sócrates, um dos maiores filósofos que se conhece, que tanto questionou e descobriu, viu que no final, que quem mais sabe é o que por força filosófica reconhece que nada sabe, pois o conhecimento é algo ilimitado. A Causa é a resposta, e nós, efeitos, que jamais conheceremos os efeitos da Causa, pois ela se explica por si mesma, poderemos até conhecer a verdade além do nosso plano material, nos frustrando profundamente com o que formulamos a todo esse tempo sobre nossas verdades, mas ainda assim a expansão da consciência não acompanhará a expansão do universo. O que é a terra em meio ao infinito universo? em dimensões, nada! O que somos nós? Nada! Então, o que sabemos em relação à Suprema Verdade? Nada! Somos somente um átomo pensante e egoísta, que não aceita sua insignificância, que se recusa a simplesmente prostrasse humildemente ao infinito e reconhecer que não temos nenhuma virtude que possa impressionar o Perfeito. No final, o que sabemos? Nada! Achamos que sabemos. Certeza individual não é certeza universal. Verdade individual não é eterna. Por mais que leve ao bem de todos, reflete a bondade, não a Verdade. Todas as verdades individuais deixarão de ser verdade quando todas encontrarem a Verdade Suprema, Será?! Dentro e fora do círculo imaginário há uma Suprema Verdade que vai além das fantasias que se reproduzem em nossas imaginações, que só quem compreende é a Causa e não nós, o efeito. Isso se a Verdade Suprema tiver algum interesse em compreender as coisas, pois já é a Suprem Compreensão.

Edson Monteiro
Enviado por Edson Monteiro em 25/10/2012
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