Consciência Escura - In Reflexões tantas outras
Um mundo desconhecido anda pelas ruas, passa a nossa frente, vezmente, cabisbaixo, fronte ao chão; olhar desperto para o interior de si mesmo; olhar que procura soluções frente às montanhas-problemas.
Muitos destes nos passam, cruzam nosso caminho : é um mundo para nós desconhecido, mas quanto de verdade diversa poderia nos oferecer; o conhecer o outro lado; o olhar para dentro de si; o perceber a existência de outros que significam tantas vidas quanto mundos desconhecidos para nós próprios.
Percebemo-los, mas o neglicenciamo-los; são, apenas, partes de nós próprios que, sempremente, preferimos fechar os olhos para não o vê-los, nem percebê-los, pois, ao admitirmos, condenamo-nos o não fazer nada.
Eis mundos caminhando entre nós que nos demonstra a diferença, desigualdade, pobreza, tristemente, humilhando-se por um pedaço de atenção. Não estende as mãos como um pedinte, porém, nota-se a carência da caridade alheia que nós outros mundos poderíamos oferecer, ofertar-lhes como uma dádiva de vida. Contudo, nós próprios
corremos de olhos fechados, justificando-nos que a vida é dura que aos fracos devoram.