O prazer de escrever sobre o amor e para um amor

Desde muito cedo descobri nas letras um refúgio das mazelas que o mundo nos impõe no dia a dia, notícias que nos abalam só de ler os títulos das reportagens constantemente enfeitadas de muito sangue e dor. Procurei então, encontrar nas mesmas letras da destruição o remédio para aliviar meu sofrimento diante dessas doloridas, mas necessárias matutinas trazidas nas folhas dos jornais madrugadores, que todos os dias eu me deparava com eles em minha porta. Foi numa dessa notícias catastróficas, que depois de muito meditar, resolvi escrever alguma coisa que contrariasse aquele assunto nefasto na tentativa única de me distanciar desse mundo de verdade, mas também de muito sofrimento.

E para a minha surpresa o título de meu primeiro esboço de qualquer coisa parecida com um texto foi: O amor supera tudo, até mesmo a dor. A partir de então procuro em meus textos sempre dar um jeito de inserir essa palavra, talvez, apenas para suprir em mim a dor de não poder tirar do mundo o sofrimento que gostaria de tirar, isso em textos que jogo de corpo e alma ou espírito melhor dizendo, numa forma de tentar chamar a atenção para o sofrimento d'aqueles que não conseguem sequer alguém para dividirem suas dores. O amor, até mesmo quando demonstrado de forma meio brutal deve ser respeitado, pois é o sentimento por Excelência, é o sentimento Mor, aquele que quando demonstrando verdadeiramente opera verdadeiros milagres.

Tenho por todos os recantistas um profundo respeito, mas um carinho especial apesar de não conhecer pessoalmente pela nossa colega Irlene Chagas que se intitula " A poetisa do amor".

E quando escrevo para um amor.

Ai eu me transporto, primeiro por ser o único e que me acompanha a mais de trinta e cinco anos e segundo, porque é como se eu tivesse lendo o seu espírito, de onde tiro minhas inspirações. É o amor que apesar de tantos anos está sempre florescendo a cada dia que nasce nos trazendo paz a uma união duradoura e de muita cumplicidade, sinceridade e verdades não escondidas. Como não amá-la. Quando me proponho a escrever para ela, o que faço praticamente todos os dias, parece que não preciso pensar, basta pegar na caneta ou dedilhar as teclas do computador que as palavras vão saindo em forma de versos, frases e os arremedos de poesias, que a ela dedico, não me importo se as vezes ela não agradece, porque me importaria? É meu dever amá-la, mas não é obrigação dela retribuir, basta-me, um só seu olhar de aprovação que já é o suficiente para saber o que ela pensa e pensa amando,então...

Esse é o meu prazer de escrever sobre o amor e para um amor.

ChangCheng
Enviado por ChangCheng em 25/10/2012
Reeditado em 27/10/2012
Código do texto: T3951158
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