RAINHA NA PENUMBRA

                 Era apenas um espectro a mover-se na penumbra.
                 Sua silhueta a ninguém impressionava, nem atraía. Até perturbava. Um objeto qualquer, tocado pelo vento, impulsionado pelos fenômenos naturais.
                 O corpo a mover-se lentamente envolto em andrajos ganhou mais vida e a tez clara, o semblante de tênue substância revelou-se em meio à bruma.
                 O homem de meia idade tomou-a nos braços. Levou-a carinhosamente à sua casa. Curou suas feridas, as feridas oriundas da violência sexual...
                 E a fez sua rainha.

Joel de Sá
Enviado por Joel de Sá em 23/10/2012
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