Da certeza do amor
Sem prosa, sem poesia, sem a bisbilhotagem do olhar alheio
É amor ! É amor, que poucos sabem e muito vê
É amor,
Vem amor ,
Que a varanda da casa te espera.
Tem uma rede, e tem cachorros no quintal,
Tem roupa limpa no varal,
E som de violão invadindo o silêncio
Sem pressa, sem medo, sem culpa
Vem meu amor,
Vem que essa saudade deixa o meu peito miudinho
Traz a mim tal paz do verdinho desses teus olhos,
Vem, me visita
Para eu calar essa saudade,
Para sarar a dor que invade minha felicidade quando não está
Porque eu que outrora já não tinha vida
Vivo para ter a tua vida em mim
Porque eu de tantas falhas
Tenho parte do que és cá dentro, e pulsa assim batendo forte.
Eu que de medo já fugi
Tenho na tua branca pele a certeza do que escolhi.
É amor, eu sei, e sinto
Do gosto bom do beijo-vinho aos caprichos do teu rosto adormecido nos meus braços
Vem que hoje a rua é caminho e traço,
Para o futuro embaraçado sem nós dentro de nós,
Dentro de nós.