Da certeza do amor

Sem prosa, sem poesia, sem a bisbilhotagem do olhar alheio

É amor ! É amor, que poucos sabem e muito vê

É amor,

Vem amor ,

Que a varanda da casa te espera.

Tem uma rede, e tem cachorros no quintal,

Tem roupa limpa no varal,

E som de violão invadindo o silêncio

Sem pressa, sem medo, sem culpa

Vem meu amor,

Vem que essa saudade deixa o meu peito miudinho

Traz a mim tal paz do verdinho desses teus olhos,

Vem, me visita

Para eu calar essa saudade,

Para sarar a dor que invade minha felicidade quando não está

Porque eu que outrora já não tinha vida

Vivo para ter a tua vida em mim

Porque eu de tantas falhas

Tenho parte do que és cá dentro, e pulsa assim batendo forte.

Eu que de medo já fugi

Tenho na tua branca pele a certeza do que escolhi.

É amor, eu sei, e sinto

Do gosto bom do beijo-vinho aos caprichos do teu rosto adormecido nos meus braços

Vem que hoje a rua é caminho e traço,

Para o futuro embaraçado sem nós dentro de nós,

Dentro de nós.

Charlene Angelim
Enviado por Charlene Angelim em 23/10/2012
Código do texto: T3947761
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