surreality
Decorre o lápis como o rio Nilo
Ao contrario de meus pensamentos
Indo contra uma tempestade de ventos
Morrendo sem sentido,sendo por uma força maior impedido
Decorre versos tristes de uma canção inexplorada
cantada por rouxinóis,cinzas pelo inverno
Minha mão já sem força assina a ultima rubrica
Alegando a solidão em meio a multidão
já meus olhos brancos não vem o que se vê
Pois toda imortalidade foi deixada a beira da fonte
Ao piscar de vaga-lumes surgi uma ousada e sarcástica risada
Do sapo pintado em cima de uma pedra no jardim de minha amada
Lua luminosa ,abajur da rode estrada
Marcada por pegadas grandes,do pequeno viajante
Sem sentido decorre o lápis
Tentando a harmoniza ,entra o poeta e a cartilha
O muro e a vizinha
Sonha ó sonhador,gládio ó gladiador
Morrendo um querido ferido ,por um não corrompido
Em meio aos gemidos do Haiti e seus famintos
Isolados,pelos que pode,como minha mente entregue a pura morte