Nem mesmo as quatro estações apagam essa dor
e lá vai ela, andando dentre as curvas da imensidão, sorrindo pra lua, dançando com as estrelas vivendo da bondade dos céus. são tantas as coincidências e tantas as confusões, tantas madrugadas e caminhos perdidos que ela sabia que não teria volta e mesmo que tivesse, que graça teria voltar a mesmice da vida cotidiana ..
um sorriso bobo ela apresenta pra quem ressurgi e uma pequena lágrima corre pra aquele que se vai e pro que fica .. ah, pra quem fica é uma junção de lágrimas e sorrisos, tudo misturado.
a beleza de quem via parecia ser fria, pele clara, olhos claros porém um olhar marcante , um sorriso um tanto cativante porém que escondia muitas tristezas já vividas, vivenciadas e principalmente esquecidas, mas não apagadas. Nem a brisa leve do outono, nem o vento frio do inverno e muito menos a maravilha do verão, faziam que ela esquecesse o que tinha sido vivido, esperava pelas flores, pelos dias calorosos e as noites frias da primavera, para que então pudesse finalmente estabilizar suas dores, suas feridas. Andava por lugares diversos buscando então respostas e perguntas, pedia que o tempo lhe fosse escudeiro, que o destino lhe fosse surpreso e que tais coisas boas começassem a lhe surgir e que sua vida descolasse para cima das nuvens e que se mantivessem junto as mais divinas profundezas dos céus .
tinha absoluta certeza que não seria fácil encarar coisas novas, as surpresas
mas trazia consigo garra, coragem e vontade de viver e vencer os mais difíceis dos obstáculos.
Sabia que conseguiria conquistar tudo que queria, não sabia como e muito menos quando ..
mas sabia que sua hora iria chegar, nem que o tempo regredisse e os pêndulos parassem
ela iria chegar, ah iria [ .. ]