Façam as suas apostas!

Façam as suas apostas! Façam as suas apostas! - Gritava o homem de terno branco e chapéu de palha, em frente a casa azul.

Na verdade, ele não sabia o porquê de tanta gritaria.

Ele nem sabia porque estava imitando o outro homem que estava do outro lado da rua, em frente a casa verde, vestindo calça rancheira e camiseta branca.

Será que ele, o primeiro homem a gritar, aquele de calça rancheira, sabia por que estava gritando e, por que o segundo o imitava?

Virou Fulano vai com o outro ou ciclano vai com um.

Bem, assim é a vida! - um terceiro, quarto ou quinto disse, em momentos diferentes.

Uns começam a fazer as suas propostas/atividades/rotinas enfim e logo, outros começam a imitá-lo. Será que é somente por gostar de fazê-las também? Será que é por não ter originalidade? Será que é para tentar ser quem o outro é? Será que é porque nasceram depois?

Sabe-se lá!

Façam as suas apostas! Façam as suas apostas! - Os dois continuavam a gritar, cada qual de um lado da rua.

Conhecemos de certo muitas pessoas assim, que não sabem porque gritam ou se sabem continuam a gritar na intenção de serem ouvidas, contudo, temos conhecimento que há muito tempo defenderam teses de que quanto mais se grita menos se escuta.

Quem grita muito, grita porque está ensurdecendo.

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"Eu faço questão que você continue a me imitar".

Silvio Santos - Em entrevista ao programa pânico, dirigindo-se a seu imitador.

Que as palavras do apresentador/comunicador se transformem em um hino e que sejam tocadas a alto e bom som.

Bia Fernandes

(O texto na íntegra faz parte do segundo livro da autora)

Bia Fernandes
Enviado por Bia Fernandes em 16/10/2012
Código do texto: T3936137
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