Pressão do dia-a-dia.
Como aquela palestra que assisti... A vida é uma palestra, e eu talvez me encaixe também como o cadeirante.
Aquele ser cheio de interrogações que se senta com suas nádegas gordas e se pergunta: será? E, no subconsciente, existe milhares de porquês, onde nem a língua de ofício português consegue explicar tanta existência. Enquanto digo que a bexiga vai se enchendo, prestes a se explodir... A vida faz pressão, se você faz o inglês, não o satisfaz; a vida é preciosa para fazer o espanhol. E, cada vez que você vai subindo de cargo, vem aquela pressão das chefias, e você tem que corresponder a todos. Com isso, a bexiga vai enchendo, prestes a explodir. Depois daquela pressão profissional, você chega à sua casa, e parece que tudo desmorona: vem as cartas, contas a pagar, pessoas falando em sua mente. Fora aquela pressão na faculdade, matérias e matérias. Parece que o professor fala em uma língua desconhecida. Não entra em sua mente, e aquele martelo martelando o seu cérebro... E, quando você se dá conta de que está enlouquecendo, a bexiga explodiu, e você acaba tendo um surto.
Renato F. Marques