Preguiça

Preguiça. Apenas uma palavra descreve o sentimento que sinto neste momento. Preguiça em sua área mais abrangente. Preguiça de sentir, de viver, de fazer, de agir, de pensar. Quando envolve o pensamento, a situação fica crítica. Preguiça de pensar. É tenso. Mas pensar não é algo tão fácil assim, apesar de não relacionar com o trabalho braçal. Se relaciona com um monte de sistemas e organelas cerebrais e tudo o mais. É difícil. Ainda mais quando milhares (milhares) de pensamentos invadem sua mente ao mesmo tempo, causando uma enorme confusão e destabilização emocional. É como um ataque a uma cidade (que analogia é essa?). Primeiro, o invasor começa atacando as muralhas principais. Em seguida, vai para o centro da cidade, onde provavelmente fica o castelo. A mesma coisa ocorre com os pensamentos. Primeiramente, eles, todos juntos, como um exército, atacando a parte cerebral, confundindo-a. Logo após, segue ao centro do cérebro, mudando sentimentos, ações e os próprios pensamentos.

Os sentimentos, creio eu, são os mais afetados. Com o ataque dos pensamentos, tudo que se é sentido pelo indivíduo afetado passa a ser confuso e sem sentido. Confunde o amor, a amizade, o carinho, o afeto, o ódio, a destreza, a raiva. Tudo isso se junta em uma bola onde todos são os mesmos, causando uma confusão total.

Também as ações são afetadas. Se pensa muito, pensa-se nas consequências e tende-se a pensar no lado ruim. Isso cria uma barreira de ação: não se age por medo. Por receio. Se torna mais infeliz.

Agora sinto preguiça. Preguiça de sentir, de viver, de fazer, de agir, de pensar.

P.S.: Menos preguiça de escrever.