Um dia de domingo
Meus domingos têm sido bons para eu pensar. Repensar na verdade. Tudo o que sou. Tudo aquilo que tenho feito ao longo de minhas duas décadas e meia de vida. As pessoas que conheci, as pessoas que ando conhecendo. Todos aqueles a quem devotei, de certo modo, uma parte de meu sentimento. Os lugares pelos quais passei. Os lugares onde quero chegar. Os sonhos que deixei passar. Os sonhos que quero atingir. Pensamentos. Solidão. Nem sempre é tão ruim assim se dar conta de que estamos sós. Nesse momento constatamos que nossa companhia ainda é a melhor de todas que podem chegar. É ela que nos acrescenta o que é, de algum modo, bom. E nos faz subtrair tudo aquilo que seja ruim. Deixando para trás algo que tenha nos feito mal. Que ainda o faria, se insistíssemos em levar adiante algo com o qual jamais aprenderíamos a ficar sozinhos. Na verdade, não tão sozinho. Mas sim acompanhado por nós mesmos.