Os valores humanos e as distinções entre as pessoas.
O pensamento que quero passar neste texto não é um mero olhar de poeta, mas uma visão estética de uma realidade onde a função desempenhada pelos opostos sexualmente falando tornou-se equivalente ao desvio de conduta moral em relação à retidão moral. Não há mais a distinção normal de homem versus mulher, mas uma associação idealizada de uma nova concepção de macho e fêmea que independe do sexo. Essa psicose ganhou tanta força que há já uma conduta normal do homem de se subordinar às relações de dominação que foram criadas para que as mulheres se sentissem mais poderosas e o homem passasse a ser um objeto de consumo. Entretanto, há ainda muita discriminação em relação à condição feminina, o que leva a uma nova proposta social: a formação de uma consciência humana em torno do caráter, ou seja, não é mais a distinção sexual nem a orientação sexual que distingue uma pessoa da outra, mas o caráter, e caráter forma-se através de uma boa educação, mas nem todos os seres humanos tem um bom acesso à educação, o que mostra que a distinção que se faz entre as pessoas é uma forma de dominação sempre para alguma das partes, portanto o certo não é fazer distinções, mas considerar o aspecto humano: se o indivíduo faz associações que se relacionem à identidade humana. Este é o ponto ao qual eu queria chegar: deve haver uma forma de medir a capacidade humana do indivíduo e isto só é possível através da moral que o indivíduo carrega dentro de si. Dessa forma, deveria haver uma educação de todos os indivíduos por todos os meios que se pensar, numa tentativa de formar seres humanos sem distinções.
A condição feminina se impõe através da moral masculina, mas a condição masculina não faz o mesmo para a moral feminina, o que mostra que o homem não é o maior dominador, mas a mulher também domina, mas não sabe usar esse domínio conscientemente em função da ideia que o homem faz de si mesmo. O homem é muito mais astuto nesse sentido e joga com muito mais liberdade e a mulher fica sujeita à ideia que a sociedade tem para a relação de homem-mulher, mas há um porém: a mulher é mais intuitiva do que o homem e faz uso do inconsciente com maior facilidade, daí o homem se corromper com maior facilidade, o que leva à mulher uma ideia de beleza e graça maior do que no homem. Aqui se chega ao ponto que eu queria chegar: o homem é mais subordinado aos valores estéticos femininos do que as mulheres aos masculinos. Não há mais uma distinção entre machos, mas uma noção cultural do valor masculino pelas coisas que o homem possui. Assim, o homem não domina mais tanto e a mulher tem uma maior liberdade e o padrão cultural consequente é o de dominação aduaneira. A mulher e o homem passaram a se distinguir pelo que tem e não pela moral, o que leva a uma reificação das pessoas. Dessa forma, o padrão estético é o monetário e não a natureza humana de cada um.
O homem deixou de ser macho e a mulher deixou de ser fêmea para ambos serem coisas. Portanto, a beleza é pelas coisas que se usam e não pela pessoa humana que se é. Logo, há uma grave distinção entre as pessoas, que é o poder econômico.