Minhas duas árvores

Estava olhando para as duas árvores que tenho no jardim. Já há algum tempo escrevi sobre elas, morada de pássaros e de pequenos animais barulhentos, felizes. Hoje estão despidas de suas folhas, erguendo seus braços esquálidos para o céu, como que em uma súplica calada: querem chuvas, seu verdor de volta. Querem seus pequenos habitantes, querem ofertar sua sombra e sua generosidade a todos que delas se aproximarem... Mas estão lá, eretas, um pouco tristes, eu sei, mas não combalidas, pois confiam em sua natureza divina, conhecem suas leis e sabem que dentro em breve estarão belas novamente. Um bom exemplo para todos nós...