Dias

Dias repetitivos vão se passando.

O tempo sempre nos impulsionando para um lugar tão distante de nós.

Nossos pensamentos voltados para coisas materiais, que usamos todos os dias para nos camuflar. A vida bem que podia ser mais simples... Mas está tudo certo!

Por que no final o que restará são velhas lembranças, de tempos que nunca vivemos estórias contadas nos livros de nossos tataravôs, obsoletas e longínquas.

Todos os beijos que trocávamos na escola, atrás do pátio na hora do recreio, nossos olhares juvenis de um tempo de liberdade, prazer e glória.

Sonhos que se formavam no pisar de nossos passos intraquilos, alguns concretizados, outros nem sequer lembramos.

E os dias se passando sempre... O que sentir neste contexto?! Senti que no final, nem histórias seremos!

Nosso pranto de dor naquela madrugada sem fim, nosso filho velado tão moço. O peito sangrando, a cabeça pesada sem saber entender!

E o pulsar de alegria em nossos corações febris, o nosso nome estampado ali, primeiro lugar, o abraço do amigo, o beijo da mãe, o apertar de mão de nosso mestre! Momentos inenarráveis.

Mas os dias estão sempre caminhando, moldando nossas velhas estórias, escrevendo uma novela de personagens distintos atuando no palco da vida. E assim compartilhamos nossas faces esquecidas, nossas lágrimas e amores nesses dias corridos.

E hoje esse dia que termina, essas palavras já esquecidas, serão ainda assim reinventadas.

Luk Ramos
Enviado por Luk Ramos em 02/10/2012
Reeditado em 04/11/2012
Código do texto: T3912622
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