Pedros
Pedro vive de incertezas e inúmeras perdas
Sua imaginação vai se estreitando cada vez
Respostas e atitudes permanecem no talvez
Palavras mastigam insanidade e embriaguez
Pedro e o coração num compasso ameaçador
Com o corpo não respondendo as atividades primitivas
Envolvimento com a boêmia permanece na ativa
Bebida, cigarro e um pouco de subtração a vida
Pedro ainda possui conhecimento estável, bondade palpável
Sentimento auto denominado justo
Ele, ainda, concebe a verdade a qualquer custo
Mas, na guerra, respira ansiedade com pitadas de susto
Raramente, Pedro consegue o seu merecido descanso
Em todos os momentos, se vê produtivo
Se mostra ativo, meio perdido e alternativo
Louvavelmente, na morte, mantém-se vivo...
Pedro, também, é um fora da lei
Um beneficiário da bondade do povo
Ele ama, mostra e namora o novo...
Acho que ele veio antes da galinha e do ovo
Pedro pode ser qualquer um no meio desse colorido...
Quem sabe, um mendigo aspirando oportunidades no caminho
Talvez, um pássaro construindo o seu ninho
Ou um empresário bem sucedido saboreando um vinho
Pedro é o meu sobrinho! Pedro é o meu inimigo!
Pedro está aqui, do meu lado, triste e sem graça
Pedro, em sua farra, planeja outra trapaça...
Enfim, é o meu amigo das cachaças!
Você se chama Pedro?!
Pedro seria eu?!
Acho que Pedro se concebeu
E se mostrou que nunca morreu...