Pedros

Pedro vive de incertezas e inúmeras perdas

Sua imaginação vai se estreitando cada vez

Respostas e atitudes permanecem no talvez

Palavras mastigam insanidade e embriaguez

Pedro e o coração num compasso ameaçador

Com o corpo não respondendo as atividades primitivas

Envolvimento com a boêmia permanece na ativa

Bebida, cigarro e um pouco de subtração a vida

Pedro ainda possui conhecimento estável, bondade palpável

Sentimento auto denominado justo

Ele, ainda, concebe a verdade a qualquer custo

Mas, na guerra, respira ansiedade com pitadas de susto

Raramente, Pedro consegue o seu merecido descanso

Em todos os momentos, se vê produtivo

Se mostra ativo, meio perdido e alternativo

Louvavelmente, na morte, mantém-se vivo...

Pedro, também, é um fora da lei

Um beneficiário da bondade do povo

Ele ama, mostra e namora o novo...

Acho que ele veio antes da galinha e do ovo

Pedro pode ser qualquer um no meio desse colorido...

Quem sabe, um mendigo aspirando oportunidades no caminho

Talvez, um pássaro construindo o seu ninho

Ou um empresário bem sucedido saboreando um vinho

Pedro é o meu sobrinho! Pedro é o meu inimigo!

Pedro está aqui, do meu lado, triste e sem graça

Pedro, em sua farra, planeja outra trapaça...

Enfim, é o meu amigo das cachaças!

Você se chama Pedro?!

Pedro seria eu?!

Acho que Pedro se concebeu

E se mostrou que nunca morreu...

Rômulo Sousa
Enviado por Rômulo Sousa em 02/10/2012
Reeditado em 23/10/2015
Código do texto: T3911848
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