Ama-se.

Ama-se por aqui, por ali, dentro e fora e em vastos e variados caminhos. Ama-se racionalmente com todos os atributos que causam o encanto. Ama-se emocionalmente, com tudo o que não pode ser descrito. Ama-se com os olhos, que querem para si o que veem. Ama-se como a si próprio, com paixão e compaixão. Ama-se como o vento há de amar as folhas do outono em qualquer estação. Ama-se a candura de cada sorriso que lhe tiram da alma. Ama-se com os deslizes e descontroles da vida, a ventania. Ama-se com o que há de sincero. Ama-se como o amor ama a vida. Ama-se cada um que faça parte do tempo, a constituir e tornar melhores os dias, com um amor de quem ama o próximo e consegue ver refletido nestes espelhos tão-somente o que há de bom. Ama-se em demasia o verbo amar, mas só e unicamente quando há a pura veracidade. Ama-se o simples, porque simplesmente se ama...

Tatiana Espíndola
Enviado por Tatiana Espíndola em 30/09/2012
Reeditado em 15/09/2015
Código do texto: T3909722
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