Frágil Estado de Paz

Vendem-se em pequenos frascos,

A paz que sua alma mão tem,

Uma dose irrestrita de doces abraços

Uma grama ele só contém

Eu a indico as pessoas plastificadas,

Que perderam seus valores,

Com essas suas vaidades falsificadas

Presas aos demônios interiores

A garantia de toda minha receita,

Deverá ser criteriosamente seguida,

Pois a medicação agora prescrita,

Poderá alterar a sua medíocre vida!

Tudo ao seu redor enfim se consome,

Nas percepções de antagonismos,

Mas a solidão interna tem um nome

Chama-a em seus sujos egoísmos,

Procure encontra dentro da religião,

Um pedaço puro deste vasto céu,

Na falcatrua de uma nobre intenção,

O capital vai para o reino de Israel

A consciência será o seu juiz cruel,

Que julgará as suas atitudes,

Dará sua sentença de amargo fel,

Por estas tuas crenças rudes

Mas posso vender-lhe a plena paz,

No invólucro de posteridade,

Pois tua existência ao mundo assaz,

Controlado por nossa sociedade

Compro essa sua alma assim vazia,

Meus escrúpulos vão bem além,

Dando em troca a imortal fantasia

De praticar o mal pelo seu bem

Serei atencioso em todo o esplendor,

Pois sua alma vendida jaz,

Em meu sistema de regime opressor,

Jamais sentirás a real paz!

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 30/09/2012
Código do texto: T3909391
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