Frágil Estado de Paz
Vendem-se em pequenos frascos,
A paz que sua alma mão tem,
Uma dose irrestrita de doces abraços
Uma grama ele só contém
Eu a indico as pessoas plastificadas,
Que perderam seus valores,
Com essas suas vaidades falsificadas
Presas aos demônios interiores
A garantia de toda minha receita,
Deverá ser criteriosamente seguida,
Pois a medicação agora prescrita,
Poderá alterar a sua medíocre vida!
Tudo ao seu redor enfim se consome,
Nas percepções de antagonismos,
Mas a solidão interna tem um nome
Chama-a em seus sujos egoísmos,
Procure encontra dentro da religião,
Um pedaço puro deste vasto céu,
Na falcatrua de uma nobre intenção,
O capital vai para o reino de Israel
A consciência será o seu juiz cruel,
Que julgará as suas atitudes,
Dará sua sentença de amargo fel,
Por estas tuas crenças rudes
Mas posso vender-lhe a plena paz,
No invólucro de posteridade,
Pois tua existência ao mundo assaz,
Controlado por nossa sociedade
Compro essa sua alma assim vazia,
Meus escrúpulos vão bem além,
Dando em troca a imortal fantasia
De praticar o mal pelo seu bem
Serei atencioso em todo o esplendor,
Pois sua alma vendida jaz,
Em meu sistema de regime opressor,
Jamais sentirás a real paz!