Não FOI, ainda É.
“Foi um erro, me desculpa?”
Não, não desculpo, porque não FOI um erro, ainda É. É tão fácil errar e depois se desculpar, “foi”, “é”, não afirmo que “sempre será” um grande erro. Talvez, no dia que eu conseguir falar que “foi” do verbo não é mais, eu possa te perdoar, mas por enquanto ainda “é”, então deixe ser, deixe-me esquecer. Esquecer que a diferença entre ‘ter sido’ e ‘ainda ser’ é imensa, esquecer que ainda que se perdoe certas coisas, há que coisas que simplesmente não há como esquecer, como deixar que essas coisas deixem de ser. Ser, você simplesmente não conseguiu ser, ser aquilo que você me prometeu que seria, foi, um erro, você, deixou de ser para estar. Estar apenas nas memórias, nas antigas fotografias, estar longe. Longe de ser alguém com quem eu quero estar, estar perto, estar junto, estar rindo, isso tudo porque foi, é, mas quem sabe um dia deixará de ser, um erro, tudo, tudo que vivi, as lágrimas que chorei, as coisas que falei, um erro, ou vários deles. Foi um erro meu, o meu erro se foi. Mas o seu ainda está aqui, seu erro não FOI, ele ainda É.