Flores de Plástico

Cheiro flores de plástico, meus sapatos são de barro, meu ser é místico

Não tenho dualidade porque sou quádruplo se não, talvez até múltiplo

Interrogo-me antes mesmo de abrir meus olhos, respondo-me ao fechá-los

Interfiro para amenizar idéias arrogantes em minha mente sádica, sado masoquista

Procurar benevolência humanista não é sabor para meu ímpeto afoito

Violento meus instintos a cada segundo e ainda faço pouco caso de mim

Tenho que me comprimir todo dia para caber nesse universo comum

O que escrevo aqui não é algo explícito, nada natural, vem do meu ser total

Entenda-se ou subentendam-se, isto é só um desabafo interno verbal

Manifestar minha intranqüila índole é pra mim missão desesperada, frugal

Estarei eu apenas saudando dívidas de coisas que eu ainda não escrevi, mas vi

Tenha um bom dia ou não, os próximos minutos que se seguirem o dirão

Charles Silva

CharlesSilva
Enviado por CharlesSilva em 29/09/2012
Código do texto: T3908032
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