Existência

Tomo consciência de mim, não existo. Estou estudando meu comportamento e minhas reações, então percebo uma emoção qualquer, a alegria, por exemplo, mas logo que tomo conhecimento dela e a analiso, ela já não representa o que realmente sou, e sim uma emoção distinta, pois quando a analiso já não estou mais a vivenciando; já não estou mais no plano das sensações de minha existência, mas no plano da razão. Surge uma divisão dos planos pessoais, e esses podem entrar em conflito.

Um processo extremamente incrível ocorre quando tomamos conhecimento do conhecimento, mas no momento em que estamos analisando uma situação ou informação, ou seja, no momento em que o próprio conhecimento está sendo formulado. É como se um outro eu se desprendesse tanto do eu racional quanto do eu sensitivo; seria um outro, observador, que analisa o que já está sendo analisado (observa o poder da razão, na hora em que ela está entrando em ação) e que analisa minha reação (observando o plano emocional, a consequência sensitiva da informação).