Nesta tarde chuvosa de inverno, despeço-me de uma pessoa muito querida. Daqui a poucos minutos será sepultada a sua matéria. Pessoas chorarão, murmurarão... E o frio é impassível!
A hora mais angustiante foi quando arriaram o caixão. Joguei um punhado de terra, depositei flores e fiz uma prece. Ali jaz uma menina inocente, pura e doce. Levantei, dei as costas para aquele emaranhado de flores, choros e velas. Segui em direção ao portão principal. Ali me despedi para sempre de uma menina que foi morta pela indiferença da sociedade, enterrei ali o que um dia eu fui. Sai triste e de cabeça baixa. Ela correu, segurou a minha mão, me lançou um sorriso e disse-me: Você não pode me sepultar, sou parte de você. Sai de mãos dadas com a mesma criança travessa que tentei inumar.
A hora mais angustiante foi quando arriaram o caixão. Joguei um punhado de terra, depositei flores e fiz uma prece. Ali jaz uma menina inocente, pura e doce. Levantei, dei as costas para aquele emaranhado de flores, choros e velas. Segui em direção ao portão principal. Ali me despedi para sempre de uma menina que foi morta pela indiferença da sociedade, enterrei ali o que um dia eu fui. Sai triste e de cabeça baixa. Ela correu, segurou a minha mão, me lançou um sorriso e disse-me: Você não pode me sepultar, sou parte de você. Sai de mãos dadas com a mesma criança travessa que tentei inumar.