Tudo que sou.
Sofro pois, do mal da Poesia.
Mal esse que com luz fulgaz transmuta vida;
As vozes ao insulto, ressoam formosas melodias;
Pichados nas paredes desenham-se sagrados arabescos
E o céu estrelado é claramente meu chão, que desço.
Amigo torna-se todo aquele que, sem porquê, s o r r i :)
E o amor é envolto ar que inspiramos ávidos
sem que enchamos nunca os pulmões!
E deliciosos corações... quais humildemente premeditam ações.
Vi que de ponta cabeça de mim existo em maestria
Sem farpas de poesia distingo árvore e tronco.
Máquinas que insuflam ar desenvolvem um toldo.
Palavras tem a única função de instrução
e o chão sovado é claramente onde toco com as mãos.
Amigo torna-se todo aquele que compartilha o objetivo
E com carinho inspiramos ávidos ao dever cumprido,
comedidos de qualquer sentimentalismo.
E decisões...: tudo meticulosamente previsível.
...E de céu e chão é feito o homem
Na imensidão somos esferas de pólen:
Quando quanda poeta, permito-me sorrir só de ser
Mas quando algo me acerta, uso dos olhos pra ver.
-Nas regras do espaço uso o que faço.¹
-No mundo que penso o espaço transcendo;²
-Lá onde sinto o pensar é tão ínfimo...³
-E quando no íntimo migro, não há regras:
-Lá, me sou apenas seu - E lá, tudo és apenas sou