Buscando
Deve haver algum sentido na vida, deve haver algo de razão como se não fora eterno domingo, sob jugo de Faustões, de Sílvios, Galvões e que tais.
Não é possível que aqui pisemos para apodrecer, gradualmente, até o último suspiro.
Não parece justo que desejemos a brevidade do fim quando o processo já se mostra esgarçado.
Talvez gozar do “paraíso” pareça uma razão plausível para alimentarmos esperanças num porvir forçosamente verossímil, quando o gozo profano, tão cultuado na saborosa ignorância dos idos verdes, já se esvai lentamente...
Pode ser, pode, que haja razões para acreditar que a vida vá melhorar, e que tudo seja lindo, tudo sejam momentos... Acredito nisso; devo acreditar; quero acreditar! Mas, se alguém já encontrou o sentido da vida, agradeço migalha de pista qualquer.