Talvez
Ainda não tenhamos
Entregado-nos suficientemente
À vida
A previsibilidade da existência
Causa-nos uma falsa segurança
De ser e estar agora
Assim
Queremos ficar inertes
Nesse casulo
Nessa zona de conforto
E aí vem episódios
Como a morte e a doença
E não sabemos entendê-los
E nem o que fazer
E para fugir desses momentos
Cercamono-nos o tempo todo
De parafernálias que queremos
Que sejam eternas
Mas são apenas projeções
Projeções de nossas próprias ilusões
O dia que pararmos de fugir da morte
Começaremos de fato a entender a vida
                                  ACCO

Foca
Enviado por Foca em 22/09/2012
Código do texto: T3895072
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