Nada como o simples...
Já comi sob teto de taipa e em restaurante europeu. Já subi rua e desci rua vendendo plásticos numa carroça de mão; já peguei exclusiva com governador; já me assentei com príncipes e plebeus. E, quer saber? Gostei mais dos últimos.
Sei usar roupa de grife, mas não dispenso minha sandalinha de feira. Aprendo com os mais velhos, mas também gosto de observar crianças. Não me importo muito com aparências, mas confesso: o bem vestido atrai muito mais.
Sou sincera, mas já fui algumas vezes enganada. Odeio pergunta idiota e não tenho paciência com coisa complicada. Só faço algo até o dia que eu quero. Se disser que foi a última vez, será a última.
Eu tenho um sério defeito: me dou demais. Mas, se perder o prazer, eu perco mesmo.
Fica sem sentido tudo o que é feito sem intensidade, sangue, cheiro, suor e raça. E por falar nisto, a vida pode ser corrida, mas, sem graça, não tem a menor graça...