Nem tudo o que parece ser é realmente o que aparentemente é.
Partindo do pressuposto que tudo é proveniente de uma formação seja ela histórica, religiosa, social, etc., que nos circunda e exerce influência sobre nossa personalidade, pode-se afirmar que tudo é apenas um discurso e só. Por conseguinte, pode-se indagar a respeito da veracidade de tudo, por exemplo, por qual motivo isto que estou fazendo recebe o nome de raciocínio? Ou porquê este objeto que estou utilizando é chamado de computador ao invés de ser chamado de mesa? Parece ilógica tais indagações, no entanto as mesmas nos possibilita entender que os exemplos supracitados não são denominados de correr ou mesa, respectivamente, simplesmente pelo fato de o discurso dizer que estes são o que são, e assim é aceito por todos sem que seja questionado.
Contudo, através da reflexão é perceptível que é impossível conhecer em absoluto a essência do que se deseja conhecer, pois que tanto as coisas de natureza material, assim como as de natureza metafísica, são absolutamente fruto de uma criação (discurso) que tem atrelada a si uma imensurável carga de subjetividade, a qual é transmitida como sendo a verdade e, é tida como absoluta e como plenamente conhecida, mas como ver-se a acima, não é bem assim. Logo seria correto afirmar que nem tudo o que parece ser é realmente o que aparentemente é, ao ponto que se faz necessário fazer uma ressalva, no sentido de que este discurso é apenas mais um discurso, e por sua vez não abrange de maneira alguma a totalidade do conhecer, ou seja, tudo o que fora dito até aqui pode simplesmente não corresponder a verdade, e mais uma vez se pode afirmar que: Nem tudo o que parece ser é realmente o que aparentemente é.
~ Wanderley Barrêto.'.
S.J do Cariri, 16.09.12