* FRAGMENTOS DO CORAÇÃO: SILÊNCIO²

(*) Não gosto dessa distância, não gosto da falta, muito menos de toda espera. Mas odeio o silêncio, odeio mesmo, quando esse silêncio parece um abismo intransponível, uma barreira por onde minha voz não pode romper toda imensidão e alcançar você. Odeio esse silêncio, que fica, como fosse uma muralha, que cerceia e aprisiona, acorrentando sua falta, a uma imensa sensação de impotência, de não poder atravessar todo caminho e encontrar você no fim da estrada, odeio. Odeio esse silêncio, que fica, como fosse um imenso vácuo, onde minha voz não pode propagar e alcançar seu coração, alimentando minha mente e pensamentos com toda saudade, toda uma saudade de estar perto, de ficar perto de ser perto de você, algo que apenas junto de você sou capaz, algo que apenas diante de seus olhos ouso ser de verdade, sem medo ou receio de julgamento, de ser limitado. Não gosto de silencio, embora tenha aprendido a respeitar todo seu silencio, tenha compreendido que silencio não seja uma forma de ficar longe de mim, mas ainda assim, impede de estar perto, um pouco mais próximo, de sentir mais cúmplice e intimo de seu coração. E diante do silêncio, eu fico mudo, minhas palavras ecoam solitárias, embora eu nunca esteja sozinho, nunca sinta ser sozinho, porque mesmo em silêncio, você permanece no coração, você é sempre presente no coração.

*Alexandre¹ Belo Horizonte

DAMIEN LOCKHEART
Enviado por DAMIEN LOCKHEART em 16/09/2012
Reeditado em 15/11/2012
Código do texto: T3884061
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