Você e o Facebook agora estão conectados
www.jornalito.com
Publicado originalmente em:
http://jornalito.com/2012/09/14/voce-e-o-facebook-agora-estao-conectados/
As redes sociais mudaram o jeito de as pessoas cultivarem relacionamentos. Muitos dizem que ele facilita a comunicação e junta as pessoas, porque é uma maneira direta, rápida e prática de entrar em contato com qualquer um de seu círculo social. Pelo Facebook você nem precisaria ter um assunto relevante com uma pessoa para entrar em contato, basta postar algo no mural, enviar uma curta mensagem privativa de “olá tudo bom” ou, ainda, apenas adicionar a pessoa como amigo; qualquer uma das atitudes citadas já significa que você tem algum nível de relação com a pessoa e vocês “agora estão conectados”.
No meio de mensagens e posts aleatórios de amigos você também encontra milhares de marcas e páginas de humor tentando chamar atenção e criar o próximo vídeo, “meme”, post, foto – o viral – de sucesso, que vai cativar a rede e virar o novo “hit” da internet. E o “feed de notícias” interminável e frenético continua sendo atualizado incessantemente pelos cidadãos do mundo (a barra de rolagem infinita e viciante), preenchendo os segundos da vida dos Facebookers (quase 1 bilhão de pessoas?!), gerando uma comunidade global de pessoas vidradas na janelinha aberta do Facebook: no trabalho, na fila do banco, no almoço de família, de madrugada, etc.
Muitos novos amigos, muitos ‘curtirs’, comentários, compartilhamentos e cutucadas. Muitos posts dramáticos e indignados, muito relacionamentos iniciados e desfeitos mediados pela rede, espiões, investigadores não profissionais, stalkers, fãs, followers, imitadores, Marias vão com as outras, blogueiras da moda, blasés, hipsters, modernos, fortões, receitas de pratos, fotos do jantar de ontem, fotos de biquinho, fotos sem camisa, looks do dia, peitos em destaque, vídeos bizarros, noivados, casamentos, convite para jogar o novo joguinho, convite de amizade enviado pelo chefe, ‘sexta feira sua linda’, curtir, curtir, curtir.
Até aí nada de novo. Me pergunto apenas se não é conexão demais, se ao nos conectarmos tanto com o computador, o laptop, o celular com internet, o tablet, o Facebook, o Twitter, o Orkut, o Google Talk, o Skype, o MSN, o Instagram, o Instamessage, o messenger do Facebook, o Linkedin, o Foursquare, o SMS do celular, o Whatsapp, o Viber etc. não estaríamos menos conectados a nós mesmos e ao que faz sentido. Me pergunto também se não estaríamos deixando de aproveitar as sutilezas de momentos de espera, de expectativa, de silêncio, de solidão, de companhia…
Mas são só perguntas, que talvez não tenham respostas. Sinta-se à vontade se quiser responder.
(O texto acabou, podemos agora checar as notificações do celular e da janela do Facebook aberta no computador)
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As redes sociais mudaram o jeito de as pessoas cultivarem relacionamentos. Muitos dizem que ele facilita a comunicação e junta as pessoas, porque é uma maneira direta, rápida e prática de entrar em contato com qualquer um de seu círculo social. Pelo Facebook você nem precisaria ter um assunto relevante com uma pessoa para entrar em contato, basta postar algo no mural, enviar uma curta mensagem privativa de “olá tudo bom” ou, ainda, apenas adicionar a pessoa como amigo; qualquer uma das atitudes citadas já significa que você tem algum nível de relação com a pessoa e vocês “agora estão conectados”.
No meio de mensagens e posts aleatórios de amigos você também encontra milhares de marcas e páginas de humor tentando chamar atenção e criar o próximo vídeo, “meme”, post, foto – o viral – de sucesso, que vai cativar a rede e virar o novo “hit” da internet. E o “feed de notícias” interminável e frenético continua sendo atualizado incessantemente pelos cidadãos do mundo (a barra de rolagem infinita e viciante), preenchendo os segundos da vida dos Facebookers (quase 1 bilhão de pessoas?!), gerando uma comunidade global de pessoas vidradas na janelinha aberta do Facebook: no trabalho, na fila do banco, no almoço de família, de madrugada, etc.
Muitos novos amigos, muitos ‘curtirs’, comentários, compartilhamentos e cutucadas. Muitos posts dramáticos e indignados, muito relacionamentos iniciados e desfeitos mediados pela rede, espiões, investigadores não profissionais, stalkers, fãs, followers, imitadores, Marias vão com as outras, blogueiras da moda, blasés, hipsters, modernos, fortões, receitas de pratos, fotos do jantar de ontem, fotos de biquinho, fotos sem camisa, looks do dia, peitos em destaque, vídeos bizarros, noivados, casamentos, convite para jogar o novo joguinho, convite de amizade enviado pelo chefe, ‘sexta feira sua linda’, curtir, curtir, curtir.
Até aí nada de novo. Me pergunto apenas se não é conexão demais, se ao nos conectarmos tanto com o computador, o laptop, o celular com internet, o tablet, o Facebook, o Twitter, o Orkut, o Google Talk, o Skype, o MSN, o Instagram, o Instamessage, o messenger do Facebook, o Linkedin, o Foursquare, o SMS do celular, o Whatsapp, o Viber etc. não estaríamos menos conectados a nós mesmos e ao que faz sentido. Me pergunto também se não estaríamos deixando de aproveitar as sutilezas de momentos de espera, de expectativa, de silêncio, de solidão, de companhia…
Mas são só perguntas, que talvez não tenham respostas. Sinta-se à vontade se quiser responder.
(O texto acabou, podemos agora checar as notificações do celular e da janela do Facebook aberta no computador)