Lágrimas do Apocalípse

Existia um povo nativo que defendia a Terra. Um povo que acreditava que tudo quanto precisavam estava ali, a comida, o espaço, até o divertimento propriciado pelos rios e as cachoeiras, nos quais as crianças brincavam peladinhas. Um povo que agradecia a Deus por tudo que lhes foi dado gratuitamente. Mas de repente, intrusos vindo pelos mares sobre naus gigantes apontavam seu cedro para um Novo Mundo, a América. Seus olhos manchados de trevas viam o paraíso diante de si. Esses intrusos queriam tranformar aquele paraíso no inferno a qual estavam acostumados, o que hoje conhecemos por cidade, dragões esfumaçando ar poluido e homens que se auto destrói. Afinal, os ratos gostam dos esgotos e do enxofre. Naquele tempo, muito sangue nativo foi derramado e seus espíritos ainda choram no restinho de floresta que ainda existe, o espírito das árvores o consolam porque são mais velhas e sábias do que eles. Dizem em sua língua que poucos homens entenderam enquanto vivos: - Um dia teremos o mundo de volta.

Guilherme Sodré
Enviado por Guilherme Sodré em 14/09/2012
Reeditado em 14/09/2012
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